Caixa Preta
Quem cala o desejo,
morre num caco de lampejo
falece como gota no azulejo
Quem castra a vontade
envelhece em rugas sua mocidade
enterra no lixo a
saciedade
arreganha teu pacote
tudo que foi te dado
escancara sua caixa
o que é nosso tá guardado
Quem cala sua sede
nem prova da taça que bebe
vive apenas
o tempo que perde
Morre engatinhando no princípio
Não
curte a queda só o fim do precipício
rasgo
teus pacotes
tudo
que foi me dado
me
entranho em sua caixa
o que
é nosso tá guardado
Caixa preta
Caixa de pandora Encaixa certa
Caixa que adora
2 comentários:
Como me faz bem os textos desse cabra!
20 de fevereiro de 2013 às 12:43Parabéns, Martão.
Vc continua uma delícia de se ler.
Grande abraço.
Menino poeta!!!
20 de fevereiro de 2013 às 15:00Todos temos segredos,vícios,desejos...
Vc sabe poetizar, e tudo fica mais suave, terno, bonito, através das suas palavras,e sensibilidade.
Como sempre, um poema LINDO !!!
Beijos
Nádia
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