As Cores Dela nas Paredes da Cabeça Dele
Ela
entrou na cabeça dele para saber como era.
De onde ela o via, achava-o cheio de idéias, até um tanto quando misterioso e fascinante, mas queria saber se era só um truque, uma trama, uma armadilha ou algo realmente mais profundo.
Afinal, todos os homens são iguais. Pelo menos os que ela havia escolhido para si mesma até agora.
E foi ela escuridão adentro munida de sua luz própria e uma bússola usada, que teimava em apontar apenas para aquela direção que ela nunca seguia.
Achava que estava ali só passando tempo, queria saber o que acontecia naquele lugar e como por brincadeira seguiu mais fundo.
Curiosa como são as do sexo dela.
Vasculhou lembranças, riu de memorias engraçadas, teve ciúme daquele grande amor e ficou impressionada com a quantidade de livros, filmes, ideias e poemas por ali.
Alguns já prontos, outros por fazer e muitos que ela não entendia. Tudo espalhado.
Mal sabia que eram rascunhos ainda.
A criação esparrama tudo pela cabeça e quando se vê está ali jorrando e borrando a folha branca.
Lógico que por ali encontrou desejos, fantasias e sexo mundano.
Ela separou aquilo que gostava e o que não, fingiu não ser com ela.
Enfim, gostou do lugar e resolveu ficar. A revelia dele foi mudando os móveis de lugar, comprou plantas, varreu coisas que ela achava que não tinham mais serventia para ele para debaixo do tapete e pintou das cores de sua paixão todas as paredes.
Ele não entendia o que passava.
Seu raciocínio se perdia por ali em meio a nova mobília.
Seus pensamentos sempre esbarravam nela em meio aos lençóis e colchas da cama que ele sempre sonhou pros dois.
No meio daquela reunião ela passava só de toalha saída do banho, cabelos molhados, dentro da sua cabeça.
Ele jantando e ela de camisola se esparramava no sofá, ao lado daquela inspiração que surgia, comendo pipocas e vendo TV em alto volume, dentro da cabeça dele.
E ela dava risadas e contava a mesma piada, aquele riso gostoso que só ela tem, no meio da noite dentro da cabeça dele.
Acordava rindo.
E as vezes ela saia com pressa, atrasada, deixando coisas por fazer, louças para mais tarde, a cama por arrumar, a toalha ainda úmida no chão e aquele perfume só dela no ar, dentro da cabeça dele.
E ele só pensava assim:
- Como essa mulher bagunça minha cabeça.
De onde ela o via, achava-o cheio de idéias, até um tanto quando misterioso e fascinante, mas queria saber se era só um truque, uma trama, uma armadilha ou algo realmente mais profundo.
Afinal, todos os homens são iguais. Pelo menos os que ela havia escolhido para si mesma até agora.
E foi ela escuridão adentro munida de sua luz própria e uma bússola usada, que teimava em apontar apenas para aquela direção que ela nunca seguia.
Achava que estava ali só passando tempo, queria saber o que acontecia naquele lugar e como por brincadeira seguiu mais fundo.
Curiosa como são as do sexo dela.
Vasculhou lembranças, riu de memorias engraçadas, teve ciúme daquele grande amor e ficou impressionada com a quantidade de livros, filmes, ideias e poemas por ali.
Alguns já prontos, outros por fazer e muitos que ela não entendia. Tudo espalhado.
Mal sabia que eram rascunhos ainda.
A criação esparrama tudo pela cabeça e quando se vê está ali jorrando e borrando a folha branca.
Lógico que por ali encontrou desejos, fantasias e sexo mundano.
Ela separou aquilo que gostava e o que não, fingiu não ser com ela.
Enfim, gostou do lugar e resolveu ficar. A revelia dele foi mudando os móveis de lugar, comprou plantas, varreu coisas que ela achava que não tinham mais serventia para ele para debaixo do tapete e pintou das cores de sua paixão todas as paredes.
Ele não entendia o que passava.
Seu raciocínio se perdia por ali em meio a nova mobília.
Seus pensamentos sempre esbarravam nela em meio aos lençóis e colchas da cama que ele sempre sonhou pros dois.
No meio daquela reunião ela passava só de toalha saída do banho, cabelos molhados, dentro da sua cabeça.
Ele jantando e ela de camisola se esparramava no sofá, ao lado daquela inspiração que surgia, comendo pipocas e vendo TV em alto volume, dentro da cabeça dele.
E ela dava risadas e contava a mesma piada, aquele riso gostoso que só ela tem, no meio da noite dentro da cabeça dele.
Acordava rindo.
E as vezes ela saia com pressa, atrasada, deixando coisas por fazer, louças para mais tarde, a cama por arrumar, a toalha ainda úmida no chão e aquele perfume só dela no ar, dentro da cabeça dele.
E ele só pensava assim:
- Como essa mulher bagunça minha cabeça.
#Foto: No corredor das Escolhas by Marton Olympio
6 comentários:
Só vc, meu poeta Russo, para escrever maravilhosamente esse amor.
2 de março de 2013 às 18:33Vc é um querido por toda vida.
bjks
Nossa, maravilhoso.Amei e me identifiquei...
3 de março de 2013 às 10:09Mulheres sempre bagunçando a cabeça dos homens rs.Adorei!!!!!!!!!!!!
4 de março de 2013 às 22:52Mulheres sempre bagunçando a cabeça dos homens rs!Adorei!!!!!!!!!!!
4 de março de 2013 às 22:53Interessante! Posso?
27 de março de 2013 às 06:31Ela dentro da cabeça dele era sempre outra, que não aquela que seu amor oferecia. Ela era um pouco mais ou menos do que via além da cabeça dele. Ela para ele existia... talvez imagem, talvez essência, só pintada nas cores que ele exigia. As suas falhas também pintadas eram talvez reais, talvez outras, apenas suporte do que não é real.
Talvez era Ela um filme da sua cabeça. E ali jaz, personagem bagunçado pela cabeça dele.
O MELHOR DE TODOS. VOCÊ É DEMAIS! BAGUNÇA MINHA CABEÇA...
1 de abril de 2014 às 09:54Postar um comentário