quinta-feira, 5 de março de 2009

Bonecas


Tarde.
Ela e a boneca frente a frente. Só o vidro da vitrine separa as duas.
Tem quase a mesma altura. Não se sabe por ela ser mirrada demais para os seus seis anos ou pela boneca ser gigante. Pelo menos pra ela.
Do lado de cá do vidro, uma figura magra, vestido largo. Um dos muitos que passou pelas outras irmãs antes de chegar nela. Canelas finas e sempre russas, cabelos duros, saltando os fios amarelos queimados de sol e quebrando toda aquela finura, uma barriga proeminente de verme e pirão de água. Nem um pingo de saúde brotava dali. O que ao longe do outro lado da vitrine poderia parecer reflexo, era um espelho de contrastes. Um brinquedo, bonito, loiro e sorridente ao extremo.
Mas ela ganhava no olhar. Enquanto a boneca tinha um olhar morto e vidrado os dela eram explosivos de um verde reluzente, vivo, esperto, incompreensível.
A mãe tinha que vir pelo menos três vezes por semana a cidade e ela a acompanhava. Trazia trouxas de roupas lavadas no ribeirão perto de casa. Querendo ou não, seguia naquela viagem longa e cansativa um longo tempo a pé, depois o ônibus quente e às vezes elas ficavam ali por horas sem comer ou beber nada, esperando a condução pra voltar. O cheirinho da roupa lavada a confortava.
E pra driblar o tempo e a fome, ela sempre que podia transformava o próximo minuto em brincadeira e assim as horas passavam mais rápidas.
Já havia alguns tempo em que ela que torcia para aquela hora chegar e poder ficar ali brincando com a boneca mentalmente.
- La-gri-mais-di-ver-da-di... – Leu a outra irmã para ela. Era o escrito lá na caixa, que envolvia o brinquedo, dizia que ela chorava de forma real. E a Boneca conseguia o que ela não conseguia mais.

Noite.
Ela deitada olhando o teto. Uma das melhores brincadeiras era essa, com as sombras que o lampião projetava por todo amianto, fazia figuras, criava bichinhos e coisas que a divertiam.
Na casa de um cômodo só o quarto era sala e vice versa.
Era só chegar à mesa da janta para lá, varrer um pouco a areia do chão e fazer a cama. Na esteira dormiam agora somente ela ao lado da mãe. O pai sempre chegava mais tarde, quando chegava.
Houve tempo em que era ela, as duas irmãs, e os pais.
A mais velha um dia juntou o que podia e ganhou mundo. Vivia brigando com a mãe a qual chamava de nomes feios. Culpava a mãe por algo que ela não entendia. E a cada nova coça, muitas lágrimas e a promessa de sumir. Até que um dia o fez. A outra também se foi. Um tio chegou com algumas notas, entregou ao pai e a levou para passear, segundo a mãe. A irmã chorou muito, dizia que não queria ir. Mas foi mesmo assim com o tio arrastando-a pelo braço. Aí foi a mãe que chorou um bocado. Depois parou e ficou zangada. Por tudo.
Insistir em perguntar o porquê era certeza de um bom tabefe. Ela, pra não incomodar mais ninguém, resolveu não chorar mais.
Já tinha lágrima demais no chão daquela casa. Daria pra fazer um lago de págua salgada.
Uma das sombras era a imagem da irmã mais velha dando banho nela e cantando cantigas. Ela adorava aquilo. Ficava com cheiro bom e o mundo mais leve.
A porta se abriu e o lampião tremulou, fazendo com que a irmã sumisse mais uma vez. Se não fosse a valentia e o querosene ele apagava. Mas não apagou.
Era o Pai chegando com grande estardalhaço. Xingando, derrubando coisas, maldizendo o mundo. Pela silhueta no teto, viu quando ele se despiu e se aproximou da esteira, dando arrotos que fizeram que o cheiro da mangaceira empestiasse o local. Murmurou algo para a mãe que abriu espaço entre as duas. Adorava o cheiro da mãe. Aquele do pai, não. Porque ela se afastava?
Ele deitou entre elas e virou de costas para a mulher como se não existisse.
Levantou a fina coberta e se encostou-se murmurando com a voz trêmula e pastosa:
- Cadê a bonequinha do papai? – E começou a brincar com ela, de coisas estranhas. Já tinha visto aquelas brincadeiras antes, mas com ela era a primeira vez. Ela desejou que aquilo não demorasse muito, fechou os olhos e fingiu dormir.
A irmã havia deixado este truque como herança.

Manhã
Ela sabia que devia ser começo de mês.
Quando tinha manteiga para passar no aipim no café da manhã, o pai tinha ganho algum trocado.
Era pra ser um dia feliz.
Mordia o seu naco de mandioca cozida e não entendia porque sua mãe a olhava atravessada. Nem banho nela tinha dado.
Ela sentia dores e um corrimento descia por sua perna fina. Mas não falou nada.
Resolveu ficar num canto no quintal, torcendo pela hora de brincar de novo com sua boneca.


Tarde
Enquanto sacudia no ônibus, ela lembrava da vez que um moço lhe deu um sacolé. Este dia sim a viagem tinha sido deliciosa.
Desceram e caminharam um par de horas carregando trouxas. Ela queria dizer para a mãe que estava pesado, que o cheiro do sabão em pedra, com o cheiro da cachaça em seu corpo a estava deixando tonta, com ânsias... O medo sempre cala. O silêncio estranho durante toda a viagem deveria significar algo.
Foram a duas ou três casas, falaram com muitas moças, entregaram roupas, pegaram roupas, entregaram roupas, pegaram roupas e já voltavam ao ponto de ônibus.
A única novidade foi um suco de acerola e limão que havia tomado numa das casas. Aquela tia era sempre a mais simpática, um olhar que era um abraço e cheiro de alfazema.
A casa dela era linda, branquinha e com chão de verdade. Ela às vezes imaginava morar ali, ter um quarto só dela, uma cama com colchão para dormir abraçada com sua boneca.
No quintal faria bolinhos de barro e margaridas para as duas brincarem de casinha. Teria uma coleção de roupinhas, uma para cada dia da semana.
As duas se vestiriam iguais até. Todo mundo pensaria que eram irmãs.
Sonhava com isso tudo enquanto tenta acompanhar o passo da mãe, alguns metros mais à frente. Ao longe avista sua lojinha. A ansiedade é grande e em momentos sente que seu coração vai saltar e sair correndo a sua frente.
A mãe parou no ponto e deixou a trouxa de roupas cair da cabeça para o chão. Fez isso a tantos anos que sua destreza em não derrubar qualquer peça é impressionante. Ela pousou as sacolinhas que carregava ao lado e caminhou até a vitrine com o rosto trincado. Do outro lado, ao invés de ver seu reflexo perfeito, via agora um trenzinho. Olhou em volta para se certificar se era a mesma loja, a mesma praça, o mesmo mundo. Era.
Sua boneca havia ido embora. Assim como a sua irmã mais velha e depois a outra. Assim como as tardes alegres, assim como os bolinhos de barro e tantas fantasias.
Foi quando ela olhou mais de perto e viu ali um rosto de olhos vidrados chorando.
Olhos sem vida, tristes, distantes. Alguma coisa havia quebrado em sua boneca. Ela pensou até em sorrir ao rever o brinquedo.
Mas não era. Era apenas o seu reflexo e lágrimas de verdade.

58 comentários:

Tom Coyot disse...

A gente vai crescendo sem per ceber

6 de março de 2009 às 11:10
o'Ricci disse...

Gostei do "pacing" que você deu ao texto. E, a propósito, belo template =p

6 de março de 2009 às 11:20
valschueler disse...

Se alguém te acusar de explorar a miséria para fazer textos emocionais, bata palmas e sorria.
Alguém se tocou que deveria estar fazendo algo mais do que olhar pro lado quando ver a sua personagem na próxima vitrine que passar... e ficou muito incomodado com isso.
Já é um começo.
Muito bom.

6 de março de 2009 às 12:13
Eu amo a E.Y. disse...

Nobre Marton, muito obrigado pela visita ao meu humilde blog.

Gostei muito da história da boneca, da forma como você apresenta a relação entre a boneca e a menina.

Muito bom mesmo!

Um grande abraço!

7 de março de 2009 às 01:04
Liipee disse...

Oi, voltei..
;)

teus textos são sempre bem detalhistas..
o que me impressionou nesse, foi tua linguagem nordestina, sendo que eu acho, que você não é..
moras no rio certo?:)

sim, eu até gosto de tantos detalhes, mas alonga a história, seria bom pra um livro..
o livro que escrevo é bem detalhista, detalha: sentimentos,ações,personalidades,lugares..
é engraçado, e tem gente que diz: detalhe é pouca coisa, ou algo do genero.
bom, gostei do texto, já disse isso né?
só peço que tu economize os ".", creio que ", mas" ficaria melhor, mas é seu jeito de escrever,de se expressar, de encantar, então siga adiante!
abração,sorte;)

força.

7 de março de 2009 às 14:17
Unknown disse...

"Era apenas o seu reflexo e lágrimas de verdade."

Muito profunda essa ultima parte

http://ownedando.blogspot.com/

7 de março de 2009 às 15:11
Léo disse...

Amigo só vou dizer uma coisa bem sincera, seu texto é dignissimo.

sucesso vc ganhou um seguidor

me visite ficarei feliz http://leozukinho18.blogspot.com/

Abraço

7 de março de 2009 às 16:05
Anônimo disse...

Oi, meu bem. Na verdade, eu não acho nada demais alguém comentar as fotos. Não vejo nada demais mesmo. Mas peço para não comentarem porque se não fizer isso, o pessoal com preguiça comenta só as fotos e não comenta o texto, o que, para mim, é o principal. Outra coisa:na verdade, pretendo fazer daquele primeiro texto do blog um livro. Sendo assim, aquilo que você leu é apenas o início da estória, o que caso fosse colocado em um livro seria apenas a terceira página, acho. Como é o início da estória, eu ainda estou dando as descrições da personagem como é de praxe em qualquer livro, entende. Na verdade, eu estou fazendo um treino para, futuramente, se der, escrever um livro. Isso é, na verdade, um borrão.

7 de março de 2009 às 16:13
Anônimo disse...

Bem, quanto às imagens, elas são apenas um acessório do blog. Elas não têm um sentido em sim. Talvez nem se coadunem com a maioria dos textos. Foi só porque eu vi e gostei, entende. Nesse primeiro texto, eu trato a sensualidade de uma forma mais escancarada, o que eu não faço em nenhum outro texto. Nos outros, o sexo vem de uma maneira bem sutil e singela. Talvez, você percebesse essa sutileza que você tanto suger nos outros textos. Mas eu gostaria de dar uma olhada nos contos que você escreve. Fiquei curiosa. Mostra, por favor.

7 de março de 2009 às 16:23
Anônimo disse...

Eu gostei dessa estória. Ela é bem omovente e muito bem narrada.

7 de março de 2009 às 16:40
Anônimo disse...

Agradeço as dicas, amor. Eu pretendo chegar a esse ponto sutil no meu texto. Pretendo mesmo. Mas é aquela coisa, cada escritor tem o seu estilo. Então, primeiro vou começar com essas pancadas fortes e depois irei amainando, fazendo referências sutis apenas e apontando essas passagens de extrema volúpia somente para o leitor ter uma noção da dimensão da coisa. Não sei se você tá me entendendo. Mas, pelo jeito, você acou o texto vulgar, não foi?rsrsrsr

7 de março de 2009 às 16:53
Luciana Rodrigues disse...

Nossa, perfeito! Você explorou bem todas as sutilezas da situação, sem deixar passar nada, com um texto extenso, mas muito bem elaborado, de forma que o leitor não se sente entediado, nem desmotivado. Adorei mesmo! Perfeito!

7 de março de 2009 às 18:16
Anônimo disse...

Obrigado pela visita, quando começei blogando a um ano atras usava esse mesmo template, até descobrir o btemplates.com.br , tem muita coisa legal veja tb, um abraço e sempre que puder me visite!!!

http://sensitivereaction.blogspot.com/

7 de março de 2009 às 18:24
Dual disse...

mto bom o texto..parabens pelo lay tbm..

abraço!

7 de março de 2009 às 18:25
Unknown disse...

ótimo texto, prende a atenção. achei que de certa forma é uma metpafora sobre o tempo, sobre crescimento, amadurecimento e etc...

7 de março de 2009 às 18:32
Rubens Rodrigues disse...

Tem um selo pra ti lah no meu blog!

http://www.poesiainconstante.blogspot.com/

7 de março de 2009 às 19:34
grupo gauche disse...

e a vida vai se dividindo como gomos da laranja em manhã, tarde, noite e o tempo passa num tic tac que esconde a furia do tempo...
adorei o texto!

7 de março de 2009 às 21:49
Unknown disse...

a gnt crese sem percebe

se puder
http://sonabrisa.nomemix.com/

7 de março de 2009 às 22:10
Marlene Olympio disse...

Belíssimo texto. Gostei muito.Trabalho sem frescuras,refletindo o comportamento de quem já observa a vida.Retratos da vida, de tantas vidas com as quais nos defrontamos todos os dias.A maioria não percebe o outro, não se preocupa. Alguns percebem tolas regras e deixam de contar com veracidade essas facetas sutis do mundo em que vivemos. Parabéns e vá em frente!

7 de março de 2009 às 23:24
Inez disse...

Que lindo seu texto! É um texto simples, envolvente e gostoso de ler.

8 de março de 2009 às 00:36
Mente Cuca disse...

Excelente texto. Linguagem muito bem trabalhada :D Mas tenho que dizer que gostei mais do "Até que a morte nos separe" :D

Vou tentar passar por aqui mais vezes.

Grande abraço.

BLOG MENTE CUCA
http://mentecuca.blogspot.com/

8 de março de 2009 às 01:18
Airton disse...

opaa
manero o post cara...
o blog ta bem legal...texto grande e naum cansativo

http://publicandobr.blogspot.com/

8 de março de 2009 às 01:32
Ericritico disse...

Gostei muito da ideia muito bom!!!!
gostei muito do seu blog!!!

8 de março de 2009 às 10:25
Leo Pinheiro disse...

A diferença entre homens e meninos é o preço dos brinquedos. Ou seja, sempre estaremos atreelados à objetos que ora escravizamos, mas que muitas vezes nos escravizam!

8 de março de 2009 às 10:30
Unknown disse...

razoavel!bonzinho mas tenho certeza que fora o trouxa aqui que faz tudo certinho quase ninguem leu teu texto. isso desbunda.

8 de março de 2009 às 10:36
Sousuke disse...

Quando se tem pouco é quase uma certeza a valorização de pequena coisas. A vida nos ensina e crescemos com nossos sonhos.. Belo Texto. Parabéns

www.supervarietyblog.blogspot.com

8 de março de 2009 às 12:22
Anônimo disse...

Adorei o texto, envolvente e comovente, parabéns! ^^

Ah, e obrigada pelas sugestões, eu tinha pensado mesmo em começar por aqui, mas nada me atraiu muito, talvez não valha a pena pra mim, agora, mas com certeza irei um dia ^^

8 de março de 2009 às 12:29
Anônimo disse...

Muito legal o texto ... =D
parabens pelo blog

8 de março de 2009 às 12:40
Anônimo disse...

a sutileza d situação a faz bela, porém deixa (pelo menos) para mim, ideias em aberto..

8 de março de 2009 às 13:33
Pamela Kenne disse...

Texto lindo, triste, mas liindo, essa é a vida da maioria da população brasileira, que nojo deste homem que só lembrava de comprar cachaça e uma raivazinhada mãe,que não entendia, mas a culpa não é deles, não é do pai, nem da mãe, é da falta de oportunidades e de ensino para eles. Lindo texto mesmo. Eu procurei por continuação, mas não achei :(

8 de março de 2009 às 14:23
Anônimo disse...

Amei o texto, super detalhista e deixa a gente ligado nele.
Parabéns pelo blog...

8 de março de 2009 às 16:09
Meury disse...

É realmente algo vibrante, impactante. Estranho mas ao mesmo tempo nos puxa, como se a história estivesse acontecendo e é muito reflexivo também.
Diria que sua história é fragmento de algum clássico da literatura.
Gostei muito mesmo, de verdade.
Se quiser visite o meu, espero que goste.

8 de março de 2009 às 16:12
Rafs ! disse...

nossa!
adorei, vou ler os outros posts...

8 de março de 2009 às 17:44
Anônimo disse...

Super maneiro seu blog

8 de março de 2009 às 18:03
O Melhor do Metal disse...

MUITO BOM CARA, ISSO FALA TUDO OQUE EU PASSO ! DIA-A-DIA!
OBRIGADÃO!

8 de março de 2009 às 19:44
Anônimo disse...

Olá! Você me visitou e agora eu vim até o seu cantinho. Gostei muito.
Serei sua seguidora!!!

Ah! Me explica, se puder, como faço para colocar aquele efeito que vc usou para as crianças desaparecidas. Quero fazer algo parecido, mas não sobre as crianças, mas para animais que precisam de casa.

Um abraço e inté a próxima!

8 de março de 2009 às 20:44
Renan Barreto disse...

Que texto bonito... É a gente cresce e nem percebe... rs As imagens são tão bacanas e sua forma de escrever tão intensa... Parabéns mesmo. Depois de ler tudo, ficou dificil pensar em um comentário a altura. Valeu!

8 de março de 2009 às 22:12
Vivica disse...

História triste, texto muito bem escrito. A parte da "Noite" me parece a mais chocante, relatando uma infeliz realidade de muitas crianças que vivem sem a mínima estrutura familiar.

Abs.,
http://damasdevermelho.blogspot.com/

8 de março de 2009 às 22:48
Alexandre Silva disse...

Demorei a comentar pq demorei a ler... cara, ótimo texto. Peço "permissão" pra mandar a alguns amigos aqui por e-mail. Logicamente citando a fonte.
Valeu a leitura
Abcs

8 de março de 2009 às 23:02
Daniel Murillo disse...

você escreve muito bem, da até vontade de ler tudo.

8 de março de 2009 às 23:50
Inforblog disse...

Maça aê belo blog...
gostei desse post.
abraço

8 de março de 2009 às 23:54
Alexandre Silva disse...

Cara, o que existe de texto do Veríssimo e do Jabor por aí ñ tá na fita, kkkkkk
Já repassei o link aqui pra verem que não é de nenhum dos dois, heheheh
Abraço

8 de março de 2009 às 23:56
Inforblog disse...

Maça aê belo blog...
gostei desse post.
abraço

8 de março de 2009 às 23:57
Dani disse...

bonito texto..parabens!!!
e muito bacana seu blog,bjoo


http://nadadelicada.blogspot.com/

9 de março de 2009 às 00:02
Anônimo disse...

Quando a gente está grande, lembramos de quando éramos pequenos e pensamos que fora ontém [...]
Adorei teu blog cara, muito bom mesmo =)
Me tornei seguidor até =))
Obrigado por passar no meu blog..
Volte sempre =))

9 de março de 2009 às 00:02
Anônimo disse...

"Era apenas o seu reflexo e lágrimas de verdade."

esse trechou assim como o texto inteiro me tocou...

perfeito.
;*

9 de março de 2009 às 15:01
Anônimo disse...

Eu já li esse (...)
Post novo quando?
Abç

9 de março de 2009 às 15:44
Anônimo disse...

Seu blog está ótimo, seu texto tbm, super descritivo, detalhista, nós adquirimos conhecimento através dos dias, vamos nos amadurecendo sem nos tocarmos !!!


www.tutoart.net

9 de março de 2009 às 15:44
Dário Souza disse...

Segundo texto que leio e caralho que texto foda, vc escreve muito bem vey, sucesso pro blog

9 de março de 2009 às 20:01
Rosa Araújo disse...

Gostei muito do jeito que vc falou da boneca e da menina. Muito bom o texto!

Passa lá http://rosarenan.blogspot.com/

10 de março de 2009 às 13:28
ੴ₮ℍαʆι₮α ωαʆʆ€ѕкαੴ disse...

coisas q acontece na vida de todas...
pot legal...

10 de março de 2009 às 18:05
Gisela Melloso disse...

Que lindo, me vi em muitas parte, vi outras meninas na maioria das partes, fiquei triste, feliz, me empolguei, cai em mim... Nossa tudo isso dentro do seu texto, muito bom, parabéns, parabéns mesmo

Forte abraço pra vc e continue sempre escrevendo.

10 de março de 2009 às 18:37
Anônimo disse...

mais um excelente texto.
riqueza de detalhes e um ritmo muito apropriado.

parabéns.

11 de março de 2009 às 12:54
Caio Coletti disse...

Cara, fiquei sem palavras para o seu texto. Quisera eu escrever tão bem assim... acredite, eu já tentei e até fiquei satisfeito com algumas coisas, mas nem tudo, sabe? Enfim, realmente seu blog é excelente. Desculpe a demora para comentar, mas fui arrebatado pelo seu texto!

Abraços
http://filme-pipoca.blogspot.com/

15 de março de 2009 às 14:37
Unknown disse...

a gnt cresce muito rapido


se puder
http://sonabrisa.nomemix.com/

16 de março de 2009 às 11:24
Ingrid Veloso disse...

gostei do texttoo d+!
patrabens!mi

16 de março de 2009 às 22:38
Jonh Oliver disse...

com tantos textos bons você poderia escrever um livro

3 de abril de 2009 às 10:27
kbritovb disse...

cara olha o conto que eu vim comentar
hahah mas esse é como todos mto bom

22 de junho de 2009 às 22:38

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